domingo, 7 de setembro de 2008

“Uma grande sorte não terem lido meu último post. Estava horrível. Bom atualmente eu me encontro numa fase de abstinência literária. Vira e mexe eu sofro desse mal, nada que eu já não tenha me acostumado, é só uma explicação pra caso alguém venha perguntar o motivo de eu não estar postando, o que acho um pouco difícil de acontecer.”

Se alguém lhe dissesse que o mundo acabaria amanhã, o que você faria?

Eu, pra falar a verdade, não acreditaria e continuaria “empurrando a minha vida com a barriga” até constatar que o mundo realmente acabou. A maioria das pessoas agiria dessa forma, simplesmente não se deixariam iludir. Porém uma pequena parte teria toda a fé do mundo na informação: venderiam a casa, o carro e , se bobear, até os filhos para aproveitar ao máximo seu último dia na Terra.

Tem gente que é assim, vive “no limite”, pensando que está vivendo o último dia na Terra. Outras pessoas como eu, talvez você, vivam achando que sempre terão tempo pra aproveitar no futuro, e “ empurrem com a barriga” suas próprias vidas.

Particularmente eu, Durval, concluí que não é bom agir de nenhum dos dois jeitos, nem viver a cada instante achando que o mundo vai acabar nem empurrar a vida pra frente como se tivesse todo tempo do mundo. Tá, você pode pensar : “ todo mundo sabe disso” , porém eu nunca tinha analisado minha vida pra chegar a essa conclusão e agora vou tentar mudar meu jeito de encarar o mundo e minha vida. Vou começar a olhar o hoje e o amanhã como um conjunto e não como um fator separado, aproveitar sem ser inconseqüente, porque nunca sabemos o que nos espera amanhã.

E uma boa questão a se pensar : Como você agiria se alguém lhe dissesse que o mundo vai acabar amanhã?

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Sugestão: Leiam a crônica de Veríssimo “Defenestração” se você nunca leu, e se já leu releia, vale a pena. Segue o link pra quem quiser ler:

http://psicomotricidade.blog.terra.com.br/defenestracao

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

People from other places.

A pouco tempo ingressei em um fórum no site de Sara Bareilles, uma cantora de quem gosto muito. Tenho meu probleminha com inglês, que é bem limitado, mas consegui fazer alguns amigos. Em uma conversa com um deles ele disse que gostaria de conhecer o Brasil e que achava que o Brasil era um país muito bonito e que era uma pena a pobreza que aqui se tinha. Você já viu a propaganda das Havaianas? Pois é foi exatamente como aquilo, eu estava na casa da Ana Paula e eu olhe pra ela e ela pra mim e ficamos revoltados. Falar de nosso país é que nem falar de nossa mãe, eu só nunca tinha percebido isso. Nós podemos falar o quanto quisermos, mas quando outra pessoa fala bate uma revolta. É lógico que a Ana Paula é beeeem mais revoltada do que eu e disse que a culpa de tudo era de Portugal (detalhe: o garoto é português). De certa forma começou com Portugal, mas a culpa não é só dos ingênuos portugueses que deveriam ter sido a maior nação do mundo nos séculos passados e perderam o título para esperta Inglaterra (que como a Ana Paula disse: “adora atirar na cabeças de brasileiros”[ mas de certa forma isso foi um caso isolado, assim como o brasileiro que fez picadinho de britânica]). Mas o que tudo isso nos diz? O preconceito! Comercialmente cada vez estamos mais globalizados, cada país cria fortes relações com um outro. Mesmo que por mais que tenhamos a internet e eu converse com pessoas dos estados unidos, Portugal, argentina etc. se eu aparecer em um desses paises sei que vou ser tratado com preconceito. Afinal, sou latino e tenho cara de Latino, é fato que americanos tem um grande preconceito contra latinos. A argentina nem preciso dizer a rivalidade que se tem com o Brasil. E Portugal? Eles podem me ver como miserável, violento, ameaçador mas será que eu sou? Será que pelo fato de eu ser Latino sou pior que os americanos? Eu fico me perguntando às vezes a onde isso vai parar? Vamos levar mais tiros por sermos miscigenados? Vão nos olhar com pena porque somos pobres? Vamos cair na porrada porque Pelé é melhor que Maradona, ou vice versa?! Ah pelo amor de Deus ta na hora disso parar! Se conseguimos um visto, o que não é fácil, não devemos ser barrados em aeroportos espanhóis, não devemos ter que andar assustado com medo de que nos confundam com terrorista e nem achar que nós tiramos o emprego do cidadãos locais! Tá na hora disso mudar, o mundo precisa de paz e não de mais guerras. O mundo precisa de menos preconceito e muito mais caridade

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Fraco

" Sempre fui fraco, fato. Aposto que a primeira coisa que passou pela minha cabeça depois de nascer foi “me coloca dentro da barriga da minha mãe de novo!!” e deve ter sido também a razão de eu ter chorado.

Sempre precisei de um apoio, sempre tive de fato.

Agora eu quero desistir, mais uma vez. Só que dessa vez não tenho apoio e por obrigação tenho que continuar. A vida não gosta dos fracos. Sinto que vou cair, mais uma vez. "

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Eu ando pelo mundo
Prestando atenção em cores
Que eu não sei o nome
Cores de Almodóvar
Cores de Frida Kahlo
Cores!
Passeio pelo escuro
Eu presto muita atenção
No que meu irmão ouve
E como uma segunda pele
Um calo, uma casca
Uma cápsula protetora
Ai, Eu quero chegar antes
Prá sinalizar
O estar de cada coisa
Filtrar seus graus...
Eu ando pelo mundo
Divertindo gente
Chorando ao telefone
E vendo doer a fome
Nos meninos que têm fome...
Pela janela do quarto
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
Quem é ela? Quem é ela?
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle...
Eu ando pelo mundo
E os automóveis correm
Para quê?
As crianças correm
Para onde?
Transito entre dois lados
De um lado
Eu gosto de opostos
Exponho o meu modo
Me mostro
Eu canto para quem?
Pela janela do quarto
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
Quem é ela? Quem é ela?
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle...
Eu ando pelo mundo
E meus amigos, cadê?
Minha alegria, meu cansaço
Meu amor cadê você?
Eu acordei
Não tem ninguém ao lado...
Pela janela do quarto
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
Quem é ela? Quem é ela?
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle...
Eu ando pelo mundo
E meus amigos, cadê?
Minha alegria, meu cansaço
Meu amor cadê você?
Eu acordei
Não tem ninguém ao lado...
Pela janela do quarto
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
Quem é ela? Quem é ela?
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle...

(Belchior)

domingo, 27 de julho de 2008

História Sem Fim

Se eu tivesse caneta e papel.
Mandar-lhe-ia uma carta.
Escreveria com todo o amor do mundo
Com a mais delicada letra
Com as mais bem escolhidas palavras.
Se lhe mandasse a tal carta, não seria de amor
Seria simplesmente uma carta,
Palavras no papel
Papel este que poderia se rasgar,
Ou simplesmente perder-se
Se soubesse como lhe escrever, nessa carta escreveria uma história
Uma estória que ninguém jamais ouvira
Nem lera,
Só pra você ler.
Não seria uma estória de amor,
O amor não deve ser desperdiçado em papeis,
Pois estes voam e no mundo desaparecem.
Provavelmente fim a tal estória não teria,
Finais nunca são como esperamos.
Se eu soubesse como escrever um final
Já o teria feito,
Antes mesmo de escrever o conto,
Antes mesmo de pensar na carta
Antes mesmo de escrever este poema
Que aqui termino sem um final
E sem uma explicação
Se poemas tivessem explicações não seriam poemas.
E se fossem feitos para serem entendidos...
Poetas eram ricos.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

A little history

Estava apreensivo, o dia pelo qual sempre temera estava logo na frente. Uma certa ansiedade batia no peito, um frio descia sua espinha, só de pensar que no próximo dia poderia acontecer tudo que sempre temera ele ficava muito assustado. Saiu com os amigos para aliviar a tenção, foram a um restaurante longe de sua casa, o caminhar fez com que esquecesse, por hora, o local a onde iria pela manhã.

Quando criança era aterrorizado pelo fantasma da possível obrigação, e mais, algumas vezes seu pai o amedrontava dizendo que faria de tudo para que ele cumprisse “o seu dever em quanto brasileiro”. Baboseiras, era o que ele pensava sobre o tal dever, detestava patriotismo exagerado. Gostava de seu país por suas belezas naturais, por sua gente sofrida e lutadora, pela pobreza financeira e riquezas naturais.

A noite fora divertida e já estava em casa novamente, seus pensamentos voltaram-se pro dia seguinte novamente, ligou a televisão e tentou afugentar os pensamentos, por fim adormeceu. Ouvia seu nome de longe, não sabia se estava sonhando ou se era realidade, novamente alguém o chamava, reconheceu a voz do avô, de quem havia herdado o nome. Despertou, eram seis horas da manhã, queria dormir mais, mas sabia que tinha que levantar, precisava estar no local exatamente na hora marcada. Levantou-se e fez sua higiene pessoal, chamou o colega que ia junto ao mesmo local e foram caminhando. O nervosismo aumentava à medida que os dois andavam, ele pegou seu “mp4 player” e foi ouvindo uma música agradável, os dois mal se falaram, um respeitava o silencio do outro, pois sabiam que naquela falta de palavras escondia-se um grande nervosismo. Então as passadas foram ficando mais lentas, estavam chegando. No portão dois jovens, provavelmente da mesma idade dos dois, esperavam, recolhiam o comprovante das pessoas que adentravam aquele local. Suas mãos suavam frias, ouviu uma piada sem graça bem longe no seu devaneio e fingiu achar engraçada, era alguma coisa haver com seu cabelo. Seguiu na direção indicada, não havia acentos, ou melhor havia mais já estavam preenchidos. Olhou buscando conhecidos, viu apenas um, e ele sabia que aquele não deveria estar ali, depois viu outros dois que estavam no lugar certo. Se afastou de seu companheiro e ficou aguardando.

Como é engraçado o tempo, era uma coisa que sempre passava por sua cabeça, quanto mais você quer que ele passe rápido mais ele demora a passar. Em situações de grandes nervosismo o tempo era o primeiro fator a aumentar o estresse.

Ali ficou aquela pequena multidão de jovens com idade entre 17 e 19 anos, em alguns podia se ver o nervosismo em outros a tranqüilidade. Um homem passou chamando alguns e perguntando seus nomes, enquanto isso ele estufou a barriga e curvou as costas qual a expectativa de que o tal homem nem o notasse. Foi dito e feito, nem sinal de ter sido visto. Outro homem entrou, apresentou-se, começou um discurso de palavras bem escolhidas e inteligentes, porem excessivamente patriota, uma frase desse outro homem que falava causou extremo asco àquele jovem que ouvia: “Se não gosta do Brasil saia dele”. Completamente ditatorial, parecia aquele velho bordão do período ditadura brasileira. Foi após o discurso que o esse homem começou a chamar alguns nomes e pediu para que esses que eram chamados seguissem um de seus subordinados. No meio dos mais diferentes nomes ouviu o nome de seu avô, e então percebeu que era ele a quem chamavam. Ficou com medo, mas seguiu, não tinha como não seguir, pensamentos ruins passaram por sua cabeça, pensou que todos pudessem ser fuzilados ali mesmo, e olhou a procura de armas. Nenhuma. Um homem que usava óculos se aproximou de todos e disse que aqueles poderiam seguir para suas casas. Estavam dispensados, ele teve vontade de gargalhar, aguardou seu nome e seu papel de liberação, percebeu que seu amigo não havia sido chamado, mas sabia que ele não seria obrigado a ficar, morava muito longe para isso. Pegou o papel e saiu rumo à rua, rindo feito um bobo. Pensou, então, que era um dos dias mais felizes de sua vida . Colocou uma música alegre em seu “player” e foi rindo pra casa. Então percebeu que todos os anos de apreensão haviam se passado e em 30 minutos ele recebeu a melhor noticia do ano: Não prestaria serviço militar!


Pois é! Fui dispensado do serviço militar e sim... eu sempre temi ter que servir!!


quinta-feira, 17 de julho de 2008

Não Adianta

Não adianta,
Não adianta nada ver a banda,
Tocando "A Banda" em frente da varanda,
Não adianta o mar,
E nem a sua dor.

Não adianta,
Não adianta o bonde, a esperança,
E nem voltar um dia a ser criança,
O sonho acabou,
E o que adiantou?

Não tenho pressa,
Mas tenho um preço,
E todos tem um preço,
E tenho um canto,
Um velho endereço,
O resto é com vocês,
O resto não tem vez.

O que importa,
É que já não me importa, o que importa,
É que ninguém bateu em minha porta,
É que ninguém morreu,
ninguém morreu por mim.

Não quero nada,
Não deixo nada, que não tenho nada,
Só tenho o que me falta e o que me basta,
No mais é ficar só,
Eu quero ficar só.

Não adianta,
Não adianta, que não adianta,
Não é preciso, que não é preciso,
Então pra que chorar?
Então pra que chorar?
Quem está no fogo, está pra se queimar,
Então pra que chorar?

[Sérgio Sampaio]


domingo, 13 de julho de 2008

Rumo...

A vida é muito estranha, cheia de surpresas e mudanças. Se à alguns anos atrás eu pudesse ver o futuro, aposto que não acreditaria no Durval que hoje vejo. Afinal quando eu pensei que teria tantas responsabilidades nas mãos? Que teria coragem de escolher o caminho que jamais pensei que escolheria na bifurcação? Bom talez eu tenha crescido um pouco... talvez eu continue sendo um garotinho inconseqüente . Mas de tudo, eu sei, escolhi o caminho certo, por hora, mas é o certo.


As vezes precisamos dar um tempo de nós mesmos...
O problema é conseguir fazer isso.


sexta-feira, 4 de julho de 2008

Insônia

“E muito pra mim é tão pouco / E pouco é um pouco demais / Viver tá me deixando louco / Não sei mais do que sou capaz / Gritando pra não ficar rouco / Em guerra lutando por paz / Muito pra mim é tão pouco / E pouco eu não quero mais”

Moska


Quando eu era criança, digo em idade porque ainda me considero um pequeno garoto, tinha muita facilidade em dormir (aqui em casa todos sempre tivemos facilidade de pegar no sono), se estivesse com sono não importava o local eu encostava em qualquer canto ou abaixava minha cabeça e dormia. Hoje lembro com certa inveja daquele garotinho que pegava facilmente no sono, qualquer coisa a noite perturba-me e eu fico acordado.
Nesse mesmo tempo, eu era um garoto que acordava sedo, sempre as 6, com a maior espontaneidade, sem despertador, sem celular eu despertava a casa. Hoje a casa tem que me despertar, com as incansáveis noites mal dormidas e a cabeça que não se esvazia as manhãs se tornaram noites e as noites um prolongamento do dia. São momentos como esse de agora que reflito e a nostalgia enche meu peito e a saudade do passado chega.

Por que quando crescemos não paramos de pensar?

De vez em quando queria voltar a ser criança, sem problemas... sem preocupações e boas noites de sono.


sábado, 28 de junho de 2008

Pessoas

Pessoas que moram longe, mas de alguma forma sempre estão perto! Outras moram perto, mas de alguma forma parecem que estão longe.
Pessoas que não vivemos sem, algumas podem a até viver sem nós, mas outras, muito mais importantes, vivem conosco.
Existem conhecidos colegas e amigos. Porém existem os cúmplices, aqueles em quem confiamos e que estão num patamar sobrenatural de amizade.
Existe aquelas pessoas de quem somos dependentes, e que numa hora qualquer da vida percebemos que somos livres e que não dependemos de ninguém!
Algumas marcam épocas, outros marcam a vida! Outras te encantam .. algumas de fascinam. Muitas outras passam despercebido por você todos os dias.

Todas: pessoas!

quinta-feira, 12 de junho de 2008

O fantástico mundo de ... Todo mundo!

Estava "futrincando" por ai, e achei um antigo blog meu e resolvi publicar um texto escrito a bastante tempo. Eu gosto dele. E hoje em dia isso me basta.

Nesse mundo ignorante cada vez menos pessoas gostam de ler, escrever... E isso desanima quem gosta. Você não tem com quem discutir, com quem conversar. Eu sei que isso vai ser meio emo mais: PARECE QUE ESTAMOS SOZINHOS!
Nem sei o porque de eu estar escrevendo isso, na verdade eu estava afim de falar sobre como o mundo está ficando cada vez mais ignorante! Talvez seja meio radical , mas eu sou meio extremista mesmo! Como eu disse no parágrafo anterior é difícil achar pessoas que gostem de ler... mais difícil ainda é achar alguém que goste de discutir a situação do mundo, do país, da sua cidade, do sue próprio bairro, que seja! Será que alguém tem culpa dessa calamidade que vem se assentando sobre o mundo, ou pelo menos sobre o Brasil? ( Brasil = País sub-desenvolvido, onde a população tem orgulho de dizer que não gosta de ler, e também de que vende seu voto por 5 reais, que odeia política e que, me desculpem o termo senhoras e senhores, se Foda o resto o que importa sou eu! [Acho que é basicamente isso que a maioria pensa]) Como ia dizendo antes do meu parêntese: ?A culpa é de quem?? Creio eu, individuo que escreve esse texto que provavelmente ninguém vai ler, que é de um conjunto de fatores, ai vem eles:
Fator A: A educação pública é de primeiríssima qualidade! Será que alguém sabe me informar a proporção de alunos que estudam em escolas públicas que passaram para faculdades públicas? ( Ah é não tem ninguém lendo esse texto, quem irá me responder? Não adianta o Chapolin Colorado não vai dizer ?EU!?) A questão que uma minoria passa! Culpa do Governo que não está nem ai pra educação, afinal quanto mais ignorância mais votos e quanto mais votos ... MAIS DINHEIRO!!!
Fator B: Sociedade Capitalista! Onde o rico cada vez mais rico fica e o pobre cada vez fica mais pobre! E nenhuma igualdade, nem as previstas pela lei!
E finalmente o Fator C: Conformidade! Sim Ladies and Gentleman? Todos se conformam com tudo, ninguém luta por mais nada, ninguém ta nem ai pra hora do Brasil! E não vem me dizer que você está, porque é mentira.. Não é?! O que você fez pra mudar? Um como eu imaginei ... nada ! Oops esqueci que não tem ninguém lendo de novo!
E ainda nos dizem pra estudar, porque sem estudar não dá! Unhum, sei... o que adianta estudo se nada podemos mudar?!!
Por fim quero deixar registrado as seguintes palavras:
Eis ai nosso mundo violento, ladrão, conformado e nojento. Onde a lei do mais forte, quero dizer do mais corrupto é que manda então se você não se encaixa nos parâmetros dessa lei, sinto muito... e bem vindo ao meu mundo!

quinta-feira, 5 de junho de 2008

4 Letras

O que dizer aos meus amigos?
Aqueles que já não moram mais perto, aqueles que não estou mais fisicamente perto, mas sempre estão em minha memória.
Que por vez ou outra passam despercebidos em meu dia, mas sempre estão em meus sonhos.
O que dizer àqueles por quem sinto afeto?
As palavras faltam, a vergonha cora meu rosto e encabulado pareço. Pareço não, estou! Mesmo assim existe a necessidade das palavras, de uma maneira ou de outra elas precisam sair. Mas o que está travado? Que palavras são essas?
Quem sabe uma taça de vinho ajude ?!
Por que tanta dificuldade?
É só uma palavra!
Porém é uma palavra que pode matar!
Ou trazer a vida.
Dizem que sem ela o mundo não vive, pra mim o mundo já está vivendo sem ela a muito tempo.
Ela quem?
A palavra ora pois!
Mas que Palavra?
A que representa o sentimento!
Que sentimento?
Já deu pra saber!
Então diga aos seus amigos! Ela não representa tudo que sente por eles?
É verdade, tudo que sinto por vocês, caros amigos, tudo o que representam pra mim se encontra nessa única palavra de 4 letras, que não são apenas letras.. que não é apenas uma palavra, essas quatro letras são do que o mundo precisa, é o que falta na maioria das pessoas e é do que qualquer ser humano normal precisa para viver.
A vocês queridos amigos, se um dia se sentirem sozinhos no mundo, isolados, sem ninguém lembrem-se sempre que existe alguém, em algum lugar que guarda no seu mais intimo, quatro letras e que pertencem a vocês e que por mais difícil que seja juntar as letras e dizer a palavra, se precisarem ouvi-la de mim ouvirão.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Para um amigo...na verdade amiga!

A aline disse que foi a melhor coisa que eu já escrevi:

"Nove horas da manhã não é horário pra uma visita, eu sei, mas quando a saudade aperta as visitas perdem a noção de horário...
Duas horas de conversa não são suficiente para matar as saudades.
O convívio diario revela muita coisa, a saudade diária mais ainda.
É dificil amar verdadeiramente alguém, é fácil dizer eu te amo pra qualquer um.
Tem coisas que só a distância mostram, tem coisas que sem a saudade não aparecem, como uma mensagem secreta escrita c/ sumo de limão e cujo calor revela o conteúdo.
Tem gente que só faz falta quando tá longe, tem gente que faz falta o tempo todo.
Tem pessoas esforçada e inteligentes... existem poucos gênios.
Tem gente que não sabe terminar o que começou, tem gente que demora pra crescer, tem quem cresça rápido de mais.Sabe?? Não sei como terminar, nem sei o que escrevi... mas acho que os gênios podem entender o que o coração quis dizer, mesmo com palavras limitadas e com uma péssima escrita ... um gênio vai saber o que sinto por você."

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Geni e o Zepelim

Olá a todos que algum obséquio esteja visitando esse blog!

A muito tempo, nem tanto assim, ri de um primo meu porque cantou o refrão de uma musica que dizia:

“Joga pedra na Geni

Ela é feita pra apanhar...

Ela é boa de cuspir”

Na época eu ri muito disso e não entendia quem faria uma musica que dissesse tais coisas. A pouco mais de um mês, tivemos uma cliente na loja que se chamava Genir. Minha mãe brincando cantou essa música, e eu perguntei de quem era, a resposta dela era que não sabia e que quando ela era criança as pessoas cantavam esse trecho. Com não sou nada curioso fui pesquisar sobre essa música e descobri que era do grande Chico Buarque. O que me surpreendeu é que a música é uma crítica social e que relata muito bem a hipocrisia das pessoas, juro que não esperava em hipótese alguma que a música de que a pouco eu ria fosse me emocionar tanto. Ei-la ai então:

Geni e o Zepelim

“De tudo que é nego torto
Do mangue e do cais do porto
Ela já foi namorada
O seu corpo é dos errantes
Dos cegos, dos retirantes
É de quem não tem mais nada
Dá-se assim desde menina
Na garagem, na cantina
Atrás do tanque, no mato
É a rainha dos detentos
Das loucas, dos lazarentos
Dos moleques do internato
E também vai amiúde
Co'os velhinhos sem saúde
E as viúvas sem porvir
Ela é um poço de bondade
E é por isso que a cidade
Vive sempre a repetir
Joga pedra na Geni
Joga pedra na Geni
Ela é feita pra apanhar
Ela é boa de cuspir
Ela dá pra qualquer um
Maldita Geni

Um dia surgiu, brilhane
Entre as nuvens, flutuante
Um enorme zepelim
Pairou sobre os edifícios
Abriu dois mil orifícios
Com dois mil canhões assim
A cidade apavorada
Se quedou paralisada
Pronta pra virar geléia
Mas do zepelim gigante
Desceu o seu comandante
Dizendo - Mudei de idéia
- Quando vi nesta cidade
- Tanto horror e iniqüidade
- Resolvi tudo explodir
- Mas posso evitar o drama
- Se aquela formosa dama
- Esta noite me servir

Essa dama era Geni
Mas não pode ser Geni
Ela é feita pra apanhar
Ela é boa de cuspir
Ela dá pra qualquer um
Maldita Geni

Mas de fato, logo ela
Tão coitada e tão singela
Cativara o forasteiro
O guerreiro tão vistoso
Tão temido e poderoso
Era dela, prisioneiro
Acontece que a donzela
- e isso era segredo dela
Também tinha seus caprichos
E a deitar com homem tão nobre
Tão cheirando a brilho e a cobre
Preferia amar com os bichos
Ao ouvir tal heresia
A cidade em romaria
Foi beijar a sua mão
O prefeito de joelhos
O bispo de olhos vermelhos
E o banqueiro com um milhão
Vai com ele, vai Geni
Vai com ele, vai Geni
Você pode nos salvar
Você vai nos redimir
Você dá pra qualquer um
Bendita Geni

Foram tantos os pedidos
Tão sinceros, tão sentidos
Que ela dominou seu asco
Nessa noite lancinante
Entregou-se a tal amante
Como quem dá-se ao carrasco
Ele fez tanta sujeira
Lambuzou-se a noite inteira
Até ficar saciado
E nem bem amanhecia
Partiu numa nuvem fria
Com seu zepelim prateado
Num suspiro aliviado
Ela se virou de lado
E tentou até sorrir
Mas logo raiou o dia
E a cidade em cantoria
Não deixou ela dormir
Joga pedra na Geni
Joga bosta na Geni
Ela é feita pra apanhar
Ela é boa de cuspir
Ela dá pra qualquer um
Maldita Geni”

domingo, 11 de maio de 2008

Sem Rumo

-- Moço, moço – dizia o menininho puxando um senhor pela calça – To com medo.
-- Medo de que moleque?
-- Dela – disse ele apontando pra uma garotinha sentada num banco
-- O que é que ela te fez?
-- Me beijou
-- No rosto?
-- Não – disse ele corando e pondo os dedos nos lábios
Então o moço, mais envergonhado que o pobre garotinho tomou seu ônibus, deixando pra trás o menino inocente e indefeso.

“As vezes me sinto como o garoto : tímido , falante e com medo.
As vezes como o moço, que sem saber o que dizer ou fazer, segue em frente deixando pra trás um desnorteado garoto.”

My Personality in "LOST"